Próximo de inaugurar a nova casa, o Centro de Criação Galpão das Artes, de Limoeiro, colhe frutos através de mensagens de incentivo. Recentemente, dois profissionais externaram seus sentimentos ao elogiar o trabalho desenvolvido na terra dos limoeiros. Acompanhe!
Fazem apenas alguns poucos anos.
Passeando pelas avenidas limoeirenses em época de festejos juninos, encontrei
um bom lugar onde parar. Parar? Melhor seria dizer que aportei num espaço que
me colocou em frenético movimento. Um galpão. Um Galpão das Artes! Mesmo não
sendo mais um estrangeiro na cidade, já havia transitado por aquelas calçadas
incontáveis vezes, ainda não conhecia de verdade a casa. Fui surpreendido!
Aquele lugar me espantou. Como se fosse uma criança que salta de dentro do
armário e grita: Ráá! Deparei-me com um trabalho magnífico. De espírito jovem,
astucioso, audacioso. Desenvolvido com maestria, buscando a excelência e a
inovação. Meus sentidos foram seduzidos. No centro de Limoeiro um lócus da
produção da Cultura com “C” maiúsculo. Uma referência para toda a região. Um
lugar que eu precisava verdadeiramente conhecer e não apenas saber de sua
existência!
Édson de Araújo. 23 anos. Natural de
Machados – PE, residente em Limoeiro desde 1998. Mestrando em Cultura Histórica
(UFPB) e membro do Grupo de Estudos em História Sócio Cultural da América
Latina (GEHSCAL – UPE).
O Centro de Produção Cultural Galpão
das Artes é, sem dúvida, um dos mais importantes núcleos irradiadores de
Cultura no interior de Pernambuco! Lembro que conheci essa turma na peça A
Inconveniência de Ter Coragem, e o cuidado com o trabalho do ator – numa
composição pautada no mamulengo – já me chamou a atenção. Com o tempo, fui
vendo que, para além das suas próprias apresentações teatrais, eles fomentavam
a ida de outros espetáculos a Limoeiro, geravam oficinas, debates, circulavam
pelos mais distintos lugares, ganhavam prêmios e ousavam cumprir temporadas
vitoriosas no Recife. São realmente disseminadores da Cultura, com olhar
voltado, inclusive, para a infância (com seus singelos quintais e brinquedos
populares que não podem ser esquecidos). Dá orgulho saber que eles não param,
ainda que diante de uma série de empecilhos. Nem mesmo a perda de seu espaço os
fez desistir... E quando visito Limoeiro, deparo-me com um novo centro de
produção cultural, preparando-se para novas aventuras. Porque elas virão, tenho
certeza!
Leidson Ferraz. Jornalista, ator e
pesquisador teatral | Recife |Março 2014