Afastada do Programa Integral de
Educação, por ter apoiado o movimento grevista dos professores da rede
estadual, a professora Mônica Lopes, lotada na Escola Técnica de Limoeiro (ETE),
não está sozinha na luta para retornar às salas de aula. Enquanto o Sindicato
dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) viabiliza os pontos
jurídicos, pais e alunos realizam movimentos para pedir o retorno da educadora.
A nossa reportagem coletou a
informação de que diretores de outras escolas que também tiveram professores
afastados, autorizaram a volta de alguns grevistas, mas Mônica Lopes continua
impedida de realizar o seu trabalho. “Mônica está indo à escola todos os dias
no horário, ficando a disposição dos alunos, mas não foi autorizada, ainda,
pela diretora a retornar as salas de aula. Essa atitude prejudica os alunos,
porque estão sem aula e em época de provas. Se a professora está na escola,
cabe a diretora assumir a postura de tal e tentar amenizar um pouco a situação
em que está a escola hoje”, disse uma pessoa ligada ao dia a dia da escola, que
pediu reserva na identidade.
“Mônica não foi líder de movimento e
sim um membro de um grupo que junto com outras pessoas aderiram ao movimento,
mas por algum motivo encontrado somente Mônica foi citada”, completou a
solidária. Diante da situação, alunos e ex-alunos da professora estão
realizando movimentos para colocar um “ponto final” no impedimento. Nas redes
sociais, os estudantes mostram apoio irrestrito à Mônica Lopes. Obtivemos
detalhes de que, caso a educadora não volte ao seu posto de trabalho, um
protesto será realizado pelas ruas da cidade.
“Ao decorrer de todo esse tempo ao
seu lado, observei bem sua dedicação e afinco para com o nosso aprendizado.
Sempre a vi nos incentivando a leitura e ao conhecimento de modo geral. Hoje,
vejo que as coisas não andam muito certa no cenário político pernambucano, e
você foi uma das vítimas desse governo corrupto em todos os possíveis aspectos,
principalmente quando se fala em Educação. Precisamos de você conosco para
continuar, QUE APENAS LUTOU PELOS SEUS DIREITOS, umas das coisas que deveria
ser mais comum num governo democrático”, postou João Vitor. (Imagens | Redes Sociais)