A falta de médicos que atinge os
municípios do interior também afeta Limoeiro. A grande dificuldade da
secretaria municipal de Saúde é de contratar profissionais que atuem, no
mínimo, quatro dias manhã e tarde e realizem 40 visitas domiciliares por mês. Segundo
o secretário responsável pela pasta, Orlando Jorge, recentemente o médico da
Unidade de Saúde da Família da Vila Mendes, uma das maiores da cidade, entregou
o cargo para prestar serviço ao Programa de Valorização do Profissional da
Atenção Básica (PROVAB).
De acordo com o secretário, o
programa que foi instituído pelo Governo Federal não gera ônus ao município e
não realiza desconto no valor pago ao médico. Com isso, os médicos que atuam em
Limoeiro estão optando pelo programa federal. Indagado sobre a possibilidade de
o município aderir ao programa ou fazer parte do Mais Médicos, o secretário
disse estar sendo penalizado pelo Ministério da Saúde. “Estamos penalizados
porque fizemos o dever de casa durante 2014. No ano anterior mantivemos médicos
nas dezoito unidades do município. Essa tem sido a justificativa do ministério
para Limoeiro ficar de fora dos programas federais”, lamentou Orlando.
Após José da Paciência, morador da
Vila Mendes, reclamar da falta de médico na comunidade, o secretário disse que
realizou três entrevistas com médicos, mas quando as exigências foram
apresentadas, eles acabaram não aceitando a oportunidade de trabalho. “Somos
existentes e queremos um atendimento de qualidade. Pagamos em dia e precisamos
que eles (médicos) trabalhem os quatro dias, manhã e tarde, façam as visitas
domiciliares e procedem com um atendimento verdadeiramente clínico e não algo
relâmpago”, afirmou Jorge.