terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ricardo Teobaldo nega irregularidades no transporte baseado em despacho do MPF


No início da noite desta segunda (21), o deputado federal e ex-prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo (PTB), e o atual gestor Thiago Cavalcanti (PROS) concederam entrevistas na sede da prefeitura sobre a "Operação Carona", deflagrada pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU). A operação citou Limoeiro num possível envolvimento com desvios de recursos do transporte escolar. De acordo com um despacho da Procuradoria Geral da União, assinado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janor, datado em 17 de agosto de 2015, documento que a nossa reportagem teve acesso, as investigações partiram de denúncias feitas pelo presidente do Diretório Municipal do Partido Comunista do Brasil em Limoeiro, Jerônimo Guerra.

Diante das denúncias, Teobaldo negou irregularidades baseado na análise e despacho do Ministério Público Federal (MPF). Ele revelou que durante as investigações foi intimado para depor na sede da PF. Também prestaram depoimentos os secretários da época: Marcelo Gomes (Administração), Maria José (Educação), Jeférson Mirabeau (Infraestrutura), Ana Carmelle (Presidente da Comissão de Licitação) e João Heronildes (Proprietário da Empresa de Transportes AR Resendis). “Em momento algum reclamei das investigações, ao contrário, defendo que sejam apuradas. Fui o prefeito mais investigado na história de Limoeiro e durmo de cabeça tranquila. As coisas são bem diferentes das muitas vezes noticiadas pelas pessoas. Fomos investigados e o resumo foi o pedido do arquivamento do processo”, disse Ricardo.

O relatório do MPF pediu o arquivamento afirmando em determinado trecho que: “Não há causa para prosseguimento das investigações ou pedido de instauração de inquérito perante o Supremo Tribunal Federal: as  supostas irregularidades noticiadas na representação formulada pelo Diretório do PC do B em Limoeiro não restaram minimamente demonstradas. As diligências levadas a efeito pela autoridade policial não lograram angaria elementos mínimos de materialidade e autoria imputáveis ao então prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo Cavalcanti.


O atual prefeito Thiago Cavalcanti também comentou o assunto. E mesmo diante das denúncias contra a empresa AR Resendis, o gestor afirmou que o contrato permanece ativo. “A empresa tem cumprido com o transporte escolar de Limoeiro, assim como mantemos a fiscalização. Prefiro aguardar o que acontecerá nas investigações dela com outras prefeituras. Isso indefere o relacionamento com o município. E quero tranquilizar os estudantes que o transporte continua normal”, pontuou Thiago. (Imagem | Márcio Wanderley)